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domingo, 22 de maio de 2011

As Mulheres e as Orquídeas

Quando alguém olha para uma orquídea tendo um pouco de conhecimento de flor, poderá dizer: "Essa flor é uma orquídea." Outra com um conhecimento melhor, poderá afirmar que ela é uma orquídea pelo formato, cor, textura e pela disposição das pétalas. Outra, poderá ir além, e dizer que é uma espécie abundante em países tropicais como o nosso. Um cientista poderá examiná-la e compará-la com outras espécies. Cultivadores e apreciadores em razão de sua convivência com ela poderão desenvolver um olhar mais atento ao "modo de ser" e às "necessidades" dessas flores. Poderão por exemplo, perceber que ao regá-las com apenas uma colher de água mineral por semana faz com que ela se  mantenha bela por mais tempo. Mais atento ainda, poderão perceber que elas "não gostam muito" de mudar de lugar com freqüência, pois precisam de tempo para se adaptar à luminosidade e à temperatura do novo local. Poderão se dar conta de que a maioria demora pelo menos um ano para florir novamente depois que suas flores morrem. Mas que nem mesmo isso as define, porque elas poderão inesperadamente florir duas vezes. Diante de tudo isso, ninguém ainda que conhecedor que seja dessa flor, jamais poderá dizer a ela: "Eu sei o que você é, orquídea." Nós Mulheres somos como as orquídeas. Ninguém jamais poderá dizer: "Eu sei o que você é, mulher." Somente se tiver paixão incondicional pela espécie, poderá conhecer o modo de ser, as necessidades e o comportamento de uma mulher. Poderá tornar a espécie mais bela e integrada sem nunca perder de vista suas particularidades e seu contínuo processo de transformação. Porque, até nisso a mulher se assemelha a uma orquídea. De tanto vê-la diariamente podemos achar que sabemos como ela é. E esse saber não duraria nenhum dia, pois ao olhá-la novamente, descobriríamos que ela já não era mais a mesma, tal qual a orquídea, que de um dia para o outro poderá se mostrar com suas hastes levemente inclinadas, sempre tentando desviar do molde que lhe tentamos impor. Mesmo que conseguíssemos observar todos os seus movimentos, não seria possível abarcar todos os aspectos elementares do seu ser, que guarda segredos inatingíveis, às vezes para ela mesma. Portanto, conhecer uma mulher em sua totalidade poderá ser inalcancável em sua complexidade, sua diversidade e seu ininterrupto processo de transformação. Tanto as mulheres quanto os homens que se interessem em compreender a alma feminina terão que ser capazes de valorizar este ser extraordinário em toda a sua amplitude e singularidade. Espécie rara, que como as orquídeas, devem ser olhadas com cuidado. E você mulher, diante , do que és, siga teu caminho, teu destino, tua essência, teus contornos da verdadeira alma e da rara flor que conseguístes te tornar!

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