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quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Amor Mais Que Tudo Nos Revela

Além de tudo porque para amar preciso primeiro me amar. Amar onde eu me reconheça e me reencontre, onde eu me amplie, me explore, me descubra. O amor manifesta nossas tendências, o que preferimos e escolhemos para nós. É em parte consciente, segundo nosso agrado e necessidades, mas é bastante inconsciente, pois brota dos nossos impulsos e de nossos desejos mais obscuros. Quando amamos, pensamos viver finalmente o mito da fusão com o outro. Desejamos perder a identidade nas mãos daquele que de momento é "tudo" para nós. Passamos a sentir uma certa compulsão de nos abrirmos com o outro, revelando os menores detalhes de nossa alma, em uma confirmação de afeto e interesse. Porém, quando estamos ligados amorosamente a alguém, sabemos que não existe receita, nem manual do amor. Escrevendo sobre o amor não posso deixar de mencionar que a melhor maneira de amar, deve ser aquela em que um aceita o outro sem ter que se submeter a qualquer coisa pelo outro; em que um aprecia e admira o outro, e tem por ele ternura e cuidado. Porque uma união com expectativas exageradas decreta-se o começo do exílio. E amar é libertar. Amor bom é aquele que suporta e supera a convivência diária. Na verdade, na parceria como em tudo o mais recomeçamos tudo todos os dias. Para isso, um pouco de amor próprio, um pouco de lucidez e um bocado de maturidade hão de mostrar que tudo pode ser conquistado a dois. Laços podem ser construídos e reconstruídos sem que ninguém se aniquile mutuamente.  " Se você ama alguém, deixe-o livre".

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